quarta-feira, 9 de março de 2011

LOJA DE CONVENIÊNCIA DO CÉU


Andava eu pela estrada da vida tempos atras
Um dia vi uma placa que dizia "Loja de conveniência do céu"
Quando me aproximei a porta se abriu de uma vez
E quando dei por mim já havia entrado.
Um grupo de ANJOS eu vi
Estavam para todo lado
Um me deu uma cesta e disse
"Meu filho, compre com cuidado".

Tudo que um cristão precisava na loja estava
E o que você não pudesse carregar,
poderia sem problemas amanhã voltar.

Primeiro, peguei alguma PACIÊNCIA
AMOR estava na mesma bancada
Mais pra frente vinha a COMPREENSÃO
Disso se precisa aonde se for.

Peguei uma caixa ou duas de SABEDORIA, um pacote ou dois de FÉ
E não pude deixar o ESPÍRITO SANTO de lado
Pois ele estava em todo o lugar
Parei pra pegar alguma FORÇA e CORAGEM
Pra me ajudar a seguir na corrida.
Nessa hora minha cesta estava lotando
Mas lembrei que precisava de um pouco de BENÇÃO
Mas não me esqueci da SALVAÇÃO
Pois essa era de graça

Então tentei pegar o bastante dela
Pra salvar a você e a mim

Então fui até o caixa
Pra pagar pelas minhas compras
Pois imaginei que já tinha tudo
Pra fazer a vontade do MESTRE
No caminho até o caixa, vi ORAÇÃO
E eu tinha que pegar um pouquinho
Pois sabia que, quando pisasse lá fora
Iria incorrer em pecado.

PAZ e FELICIDADE tinha de monte
Eram as últimas na prateleira
MUSICA e PRECE estavam ao lado
Então peguei de ambas também.
Então perguntei ao anjo
"Agora, quanto devo eu?"
Ele sorriu e disse
"Só os leve aonde quer que for"
Uma vez mais, sorri e perguntei,
"Quanto realmente devo eu?"
Ele sorriu outra vez e disse
"Criança, Jesus pagou sua conta
Muito, muito tempo atrás"
"Tudo o que pedires em prece, com fé, você recebera"
(Mateus,21:22)

AS 3 ÁRVORES


Havia, no alto da montanha, três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.

A primeira, olhando as estrelas, disse: "eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada".

A segunda olhou para o riacho e suspirou: "eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas".

A terceira árvore olhou o vale e disse: "quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em DEUS".

Muitos anos se passaram e certo dia vieram três lenhadores pouco ecológicos e cortaram as três árvores, todas ansiosas em serem transformadas naquilo que sonhavam. Mas lenhadores não costumam ouvir  e nem entender sonhos!...  Que pena!

A primeira árvore acabou sendo transformada num coxo de animais, coberto de  feno. A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.  E a terceira, mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em grossas vigas e colocada de lado num depósito. E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes: "para que isso?"

Mas, numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu neném nascido naquele coxo de animais. E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo...

A segunda árvore, anos mais tarde, acabou transportando um homem que acabou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou o  pequeno barco, o homem levantou e disse: "PAZ!".  E num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei dos Céus e da Terra.

Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo, sentiu-se horrível e cruel. Mas, logo no Domingo, o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um  homem para salvação da humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de DEUS e de seu filho JESUS CRISTO ao olharem para ela.

As árvores haviam tido sonhos... mas as sua realizações foram mil vezes melhores e mais sábias do que haviam imaginado. Temos nossos sonhos, nossos planos e por vezes, não coincidem com os planos que Deus tem para nós; e, quase sempre, somos surpreendidos com a Sua generosidade e misericórdia.

É importante compreendermos que tudo vem de Deus e crermos que podemos esperar Nele, pois Ele sabe muito bem o que é melhor para cada um de nós.

terça-feira, 8 de março de 2011

A CORDA E A FÉ


Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios.
Ele resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua.
Ele queria a glória somente para si.
Resolveu então escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade.
Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde.
Porém ele não havia se preparado para acampar e resolveu seguir a escalada, decidido a atingir o topo.
Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada.

Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia Lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens.
Subindo por uma "parede", a apenas 100 metros do topo, ele escorregou e caiu...
Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na escuridão.
Sentia apenas uma terrível sensação de estar sendo sugado pela força da gravidade.
Ele continuava caindo e, nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido em sua vida.

De repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade
... shack!
Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.
Nesses momentos de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:

- Oh, meu Deus! Me ajude!

De repente uma voz grave e profunda respondeu:
- O que você quer de Mim, meu filho?
- Me salve, meu Deus, por favor!
- Você realmente acredita que Eu possa te salvar?
- Eu tenho certeza, meu Deus.
- Então corte a corda que mantém você pendurado...
Houve um momento de silêncio e reflexão.
O alpinista se agarrou mais ainda a corda e pensou que se largasse a corda morreria...
Conta o pessoal de resgate que no dia seguinte encontraram um alpinista congelado, morto, agarrado com as duas mãos a uma corda ... a não mais de dois metros do chão.

E você...?

Está segurando a corda...???

A TRANSFUSÃO


Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários foi atingido por um bombardeio.
Os missionários e duas crianças tiveram morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas.
Entre elas, uma menina de oito anos, considerada em pior estado.
Era necessário chamar ajuda por um rádio e, ao fim de algum tempo, um médico e uma enfermeira da Marinha dos EUA chegaram ao local.
Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria, devido aos traumatismos e à perda de sangue.
Era urgente fazer uma transfusão, mas como?
Reuniram as crianças e, entre gesticulações, arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecendo e que precisariam de um voluntário para doar o sangue.
Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente.
Era um menino chamado Heng.
Ele foi preparado às pressas, ao lado da menina agonizante, e espetaram-lhe uma agulha na veia.
Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto.
Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre.
O médico lhe perguntou se estava doendo, e ele negou.
Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas.
O médico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar, e novamente ele negou.
Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto.
Era evidente que alguma coisa estava errada.
Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia.
O médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com Heng.
Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e explicando algumas coisas. E o rostinho do menino foi se aliviando. Minutos depois ele estava novamente tranqüilo.
A enfermeira então explicou aos americanos:
- Ele pensou que ia morrer, não tinha entendido o que vocês disseram e estava achando que ia dar todo o seu sangue para a menina não morrer.
O médico aproximou-se dele e, com a ajuda da enfermeira, perguntou:
- Mas, se era assim, porque então que você se ofereceu a doar seu sangue?
E o menino respondeu, simplesmente:
- ELA É MINHA AMIGA...

BARULHO DE CARROÇA


Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer.
Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia ...
Perguntei ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna, interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
- Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho.

UM HOMEM FELIZ


Narra antiga lenda, que certa vez um rei adoeceu gravemente e à medida que o tempo passava seu estado piorava.
Os médicos tentaram de tudo, mas nada parecia funcionar.
Estavam a ponto de perder a esperança quando a velha criada falou:
- Eu sei uma forma de salvar o rei. Se vocês puderem encontrar um homem feliz, tirar-lhe a camisa e vesti-la no rei, ele se recuperará.
Ao ouvir tal afirmativa, o Rei enviou seus mensageiros a todos os cantos do reino a procura de um homem feliz. Eles cavalgaram por todos os lugares e não encontraram um homem feliz.
Ninguém estava satisfeito; todos tinham uma queixa a fazer.
- "Aquele alfaiate estúpido fez as calças muito curtas! Ouviram um homem rico dizer."
- "A comida está péssima, este cozinheiro não consegue fazer nada direito! Outro reclamava."
- "O que há de errado com os nossos filhos? Resmungava um pai insatisfeito."
- "O teto está vazando! A situação financeira está péssima. Será que o Rei não pode dar um jeito nessa situação?"
Essas e outras tantas queixas eram o que os mensageiros do rei ouviram por onde passaram.
Se um homem era rico, não tinha o bastante; se não era rico, era culpa de alguém.
Se era saudável, havia uma sogra indesejável em sua vida.
Se tinha uma boa sogra, a gripe o estava infelicitando.
Enfim, naquele reino todos tinham algo do que reclamar.
O Rei já tinha perdido a esperança de ficar bom, quando numa noite, seu filho cavalgava pelos campos e, ao passar perto de uma cabana ouviu alguém dizer:
- Obrigado Senhor! Concluí meu trabalho diário e ajudei meu semelhante. Comi meu alimento, e agora posso deitar-me e dormir em paz. O que mais poderia desejar, Senhor?
O príncipe exultou de felicidade por ter, finalmente, encontrado um homem feliz. Retornou e mandou que seus homens fossem até lá e levassem a camisa do homem ao rei e lhe pagassem o quanto pedisse.
Mas quando os mensageiros do rei entraram na cabana para despir a camisa do homem feliz, descobriram que ele era tão pobre que sequer possuía uma camisa.

EU TENHO TEMPO


Hoje, ao atender o telefone meu mundo desabou.
Entre soluços e lamentos, a voz do outro lado da linha me informava que o meu melhor amigo, meu companheiro de jornada, havia sofrido um grave acidente, vindo a falecer.
As imagens de minha juventude vieram quase que instantaneamente a mente.
A faculdade, as bebedeiras, as conversas em volta da lareira até altas horas da noite, os amores não correspondidos, as colas, a cumplicidade, os sorrisos....
AHHHHH... os sorrisos...
Como eram fáceis de surgir naquela época.
Lembrei da formatura, das lágrimas e despedidas, e principalmente, das promessas de novos encontros. Em seus olhos a promessa de que eu nunca seria esquecido.
E realmente, nunca fui.
Perdi a conta das vezes em que ele carinhosamente me ligava quando eu estava no fundo do poço,. das mensagens que nunca respondi.
Lembro que foi o seu rosto que vi quando acordei de minha cirurgia do apêndice.
Lembro que foi em seu ombro que chorei a perda de meu amado pai.
Foi em seu ouvido que derramei as lamentações do noivado desfeito.
Apesar do esforço não consegui me lembrar de uma só vez em que tenha pegado o telefone para dizer a ele o quanto era importante para mim.
Afinal, eu não tinha tempo.
Não me lembro de procurar um texto edificante e enviar para ele.
Eu não tinha tempo.
Não me lembro de ter ouvido os seus problemas.
Eu não tinha tempo.
Acho que eu nunca sequer imaginei que ele tinha problemas.
Não me dignei a reparar que constantemente meu amigo passava da conta na bebida.
Só agora vejo com clareza o meu egoísmo.
Talvez, e este talvez vá me acompanhar eternamente! Se eu tivesse saído de meu pedestal e prestado um pouco de atenção e despendido um pouquinho do meu sagrado tempo, meu grande amigo não teria bebido até não agüentar mais e não teria jogado sua vida fora ao perder o controle de um carro.
Estas indagações que inundam agora o meu ser nunca mais terão resposta.
A minha falta de tempo me impediu de respondê-las.
Agora, escolho uma roupa preta, digna do meu estado de espírito, e pego o telefone.
Aviso o meu chefe de que não irei trabalhar hoje, e quem sabe nem amanhã.
Pois irei tirar o dia para homenagear uma das pessoas que mais amei nesta vida.
Ao desligar o telefone, com surpresa eu vejo, entre lágrimas e remorsos,de que para acompanhar durante um dia inteiro o seu corpo sem vida,
EU TENHO TEMPO!

PS: Já faz muitos anos que escrevi este desabafo no diário de minha vida.
Hoje estou casado, tenho dois filhos e todo o tempo do mundo.
Trabalho com o mesmo afinco de sempre, mas somente sou "o profissional" durante o expediente normal.
Fora dele, sou um ser humano.
Nunca mais uma mensagem da minha secretaria eletrônica ficou sem pelo menos um "oi" de retorno.
Procuro constantemente encher a caixa eletrônica dos meus amigos com mensagens de amizade e dias melhores.
Sempre lembrando as pessoas de como elas são importantes para mim.
Abraço constantemente meus filhos, minha esposa, e minha família, pois os laços que nos unem são eternos.
Acompanhei cada dentinho que nasceu na boquinha de meus filhos, o primeiro passo, o primeiro sorriso, a primeira palavra.
Procuro sempre "fugir" com minha esposa e voltar aos tempos em que éramos namorados e prometíamos desbravar o mundo.
Esses momentos costumam desaparecer com o tempo.
Distribuo sorrisos e abraços a todos que me rodeiam.
Afinal, para que guardá-los?
Pelo menos uma vez por mês, levo minha família a praia.
Sempre que volto para casa, após este nosso encontro,
volto recarregado de energia e de amor.
Mas, principalmente, carrego a certeza de que sempre terei tempo para o amor e suas formas mais variadas.
E, sabe de uma coisa, meu amigo eterno.
Eu sou muito, muito mais feliz!